terça-feira, outubro 20, 2015

10 aninhos...

Mudam-se os tempos, não é propriamente mudança de vontades... Existe o Facebook, é um facto. Não elimina a possibilidade de continuar a ter um blog, mas permite um contacto diferente. Além disso o trabalho é muito (muito mesmo). Quem sabe se qualquer dia não mudo o paradigma e volto aqui. Logo se verá...

Mas uma coisa é certa: o blog faz hoje 10 anos. E, como não me esqueço deste tipo de datas... PARABÉNS ao blog :)

quarta-feira, abril 08, 2015

“Economia explicada ao meu filho” ou a ode ao meu melhor Amigo.

Julho de 2012. Após apresentar a minha tese de doutoramento, surgiu-me uma ideia de escrever um livro de Economia diferente em que teria como personagem principal o Rui. O objetivo seria tratar de Economia com uma criança, explicar os conceitos de forma direta mas sem perder o rigor da sua análise. Na sequência desta ideia, no dia 29 de Julho de 2012 lancei o desafio a um conjunto de amigos e conhecidos, sobre alguns temas a tratar, sendo que alguns acederam a esse desafio.

A partir dessas respostas construí aquele que seria o primeiro esquema de índice, que entretanto fui adaptando à medida que ia escrevendo o livro. Mas desde o primeiro dia, independentemente do que decidisse incluir no livro, o último subcapítulo estava definido: Economia do amor (que depois derivou para Economia da felicidade e do amor). E, mais do que isso, tinha já definida qual a última fala do livro (a fala em si e a autoria, que seria minha).

O livro foi sempre pensado em torno do Rui, desde o primeiro dia. E quase ao fim de 3 anos, o livro nasceu. Continuou pensado em torno do Rui e feito à medida dele. Desde as primeiras páginas escritas em 2012 (em que se falava dos seus adorados pacotes de chocolate) às últimas, escritas no final de 2014 (em que já se falava dos treinos de futebol e das duas manas). Algumas coisas mudaram durante estes dois anos e meio, mas o essencial continuou igual: a personagem principal do livro.

E porquê o Rui? O meu blog e as redes sociais estão cheias de exemplos do porquê. E relembro rapidamente alguns: i) abril de 2011 – o Rui respondia que o pai era “Amigo”, “o Maior”, “Herói” simplesmente porque lhe arranjei as cordas de uma guitarra; ii) a constante meiguice do Rui para com a Ana e/ou a Sara; iii) os gestos meigos dele que guardo sempre para mim; iv) o golo que me dedicou em fevereiro, num torneio; v) o “não há palavras” do dia 3 de março no Skype…; vi) os bonecos que envia pelo Skype; vii) a última declaração, aquando do Dia do Pai… e tantos outros exemplos que não cabem aqui…

A esta altura poderão perguntar: mas com três filhos só fala de um? Para que não haja dúvidas, a Ana e a Sara são os meus anjinhos pequeninos. Isto para evitar qualquer tipo de confusões! Até porque, voltando atrás no tempo, e pensando um pouco, o projeto de livro nasceu em 2012. O Rui tinha 5 anos, a Ana estava prestes a fazer 2. Não podia falar de Economia com ela (nem de outra coisa qualquer…). Hoje, com a Ana quase a fazer 5 anos e com a Sara pouco mais que recém-nascida, a história repete-se. É isso mesmo: já está a começar a ser pensado o livro para a Ana. O tema está definido, a primeira frase escolhida e a última também. Claro, não dá para fazer nada com a Sara deste tipo. Quando acabar o da Ana talvez a Sara já fale…

Voltando ao livro do Rui (sim, porque o livro é para ele), é uma singela homenagem. Feita com uma das coisas que melhor sei fazer: escrever. Foram horas e horas envolto em palavras (praticamente 112 mil palavras e mais de 633 mil caracteres!), dezenas (largas) de figuras feitas numa app de um tablet. Horas de prazer para no final sair o livro que acaba de ser colocado no mercado. A minha homenagem ao melhor Filho do mundo! Que tornou inesquecível imensos momentos. E um que reafirma o título deste post: “És o meu melhor Amigo! E eu sou o teu melhor Amigo!” de 6 de fevereiro de 2011.

4 anos depois o Rui continua a ser o meu melhor Amigo. Como disse atrás, desde que o projeto do livro nasceu até hoje algumas coisas mudaram mas muitas permaneceram iguais. Na vida mas também no próprio livro. O título do último subcapítulo sofre um acrescento. Mas posso garantir que a última frase do livro, essa, manteve-se igual desde o primeiro dia. Mas mesmo ela sofreu uma pequeníssima alteração: originalmente era para ser dita por mim e no final acabou por ser dita pelo Rui. Porque em julho de 2012 habitualmente era eu que a dizia. Porque hoje digo-a tão habitualmente eu como ele.

Para quem quiser saber a frase tem um caminho simples: comprar o livro (e assim até ajuda um projeto social).


Para ti, Filho, o meu melhor Amigo! Amo-te Rui! (e Ana e Sara!).